Vou contar como fiz, se alguém quiser se inspirar nesse lindo exemplo de esforço e perseverança (ha-ha-ha, gags).
Primeiro, foi necessário cursar o Ensino Médio. Parece óbvio, mas cursar é uma coisa, frequentar é outra. Não me matei de estudar, mas também nunca larguei nada para trás.
Algumas vezes eu gastava horas e horas pra entender alguma coisa (fases da divisão celular, humpf). Sempre tentava entender, nem que fosse pra esquecer duas semanas depois...
Ou seja, é bom um mínimo de dedicação. Eu não fiz muito mais que isso também :) Gastei boa parte do tempo aprendendo informática do jeito que quis e pronto. Agora acho que algumas coisas vão ser muitos úteis para a faculdade.
De um modo simples, se você não lembra o que é um logaritmo, esqueceu o que é uma reação de oxidorredução e acha que nunca ouviu falar de Newton, não há muita saída senão estudar *mesmo*, fazendo cursinho, se isolando numa torre (sem internet!!!) ou o que for necessário.
No meu caso, eu não estava totalmente perdido. Como eu tentava pelo menos saber o que eu estava fazendo ao invés de copiar cegamente da lousa, precisei "apenas" rever boa parte das coisas.
Interlúdio
Isso de copiar cegamente da lousa é um drama. As salas em que tive aula sempre foram turbulentas (acho que é a geração), e chegou um ponto na escola onde cursei o Ensino Médio em que todos haviam desistido e muitas vezes tudo que restava era copiar exercícios e resumos da lousa pra enganar a mente. Sempre me neguei a copiar. Pra isso que inventaram a imprensa, as fotocopiadoras e até o maravilhoso Cut and Paste. Fora que escrever à mão is sooooo 2008...
O plano era estudar de junho até a data dos vestibulares. Daí o tempo passou e a meta virou julho. Agosto. Setembro. Outubro!!
Em outubro tive que andar :) Fiz uma lista de coisas que eu não sabia direito, estudei por cima, não adiantava muito, eram só uns 2 meses.
Fiz as provas de anos anteriores da UNESP, da UFSCar e da UNICAMP. Até três anos antes em alguns casos. E fui fazendo e vendo o quanto eu estava lascado, mas também vi que estava aprendendo ou reaprendendo. Fiz as provas e passei na UNESP :)
Curiosidade: não usei cadernos. Odeio aquelas espirais que sempre ficam no caminho, e aquelas linhas chatas ocupando espaço. Usei bloquinhos de papel, espaços entre exercícios nos livros, folhas A4, pedras, carvão e guache. As grandes estrelas foram mesmo os papéis de bloquinho.
Ou seja, não sofri demais e consegui o que queria. Na verdade, eu sofri parcelado, bem devagar. Ok, não foi tão sofrido assim... é, não foi sofrimento nenhum. Humpf.
Claro que ajuda o fato de que minha vida social é pífia e que eu adoro computadores desde pequeno (estou no ramo há 15 anos!).
Por isso, se você, caro leitor, deseja passar em um vestibular, estude de um jeito ou de outro. E convenhamos, não é tão ruim... Só é ruim quando você não entende :) Todo mundo gosta de aprender, o problema é toda essa multchimídjia.
Outra curiosidades (infundadas):
- O tempo dedicado ao estudo é inversamente proporcional à largura da banda de sua conexão com a internet.
- Mensagens instantâneas são prejudiciais ao estudo.
- Mensagens instantâneas podem ser benéficas ao estudo se forem usadas para explicar algo útil para alguém, mesmo que esse alguém não entenda. Você também pode falar sozinho na frente do espelho ou escrever no seu bloco de notas mais próximo, mas eu me sinto louco quando faço isso.
- Eu não tentei a do espelho, não.